A cura para doenças neurodegenerativas pode estar mais perto do que se imagina e disponível nos próximos cinco anos. No que diz respeito ao Alzheimer, a forma mais comum de demência, o novo e promissor tratamento é, na realidade, uma vacina capaz de interromper o avanço da doença e reparar alguns danos já causados. Já sobre o Parkinson, uma droga injetada continuamente no paciente atua diretamente no cérebro e está apresentando resultados animadores.

Antes de chegar ao mercado, a vacina contra o Alzheimer ainda precisa ser testada em larga escala

A vacina do Alzheimer ataca o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide, que forma uma prejudicial placa de cera sobre as células do cérebro. Testes do remédio, chamado Betabloc, são realizados no Reino Unido. Os cientistas britânicos, americanos e canadenses envolvidos no estudo da droga acreditam que seu trabalho oferece uma prova final de que a doença de Alzheimer é provocada por alterações químicas no cérebro, embora outros fatores também influenciem no seu desenvolvimento. Antes de chegar ao mercado, a vacina ainda precisa ser testada em larga escala.

Outro mal que afeta muitas pessoas com o passar da idade é a doença de Parkinson. Aqui, a notícia animadora fica por conta de uma droga que é injetada continuamente no paciente, através de cateteres, e que age diretamente na parte afetada do cérebro. A administração da droga é feita por um equipamento implantado no abdômen que faz o bombeamento do GDNF (Fator Neurotrófico Derivado da Glia), que incentiva o crescimento de células cerebrais. As “bombas” são reabastecidos a cada dois meses com uma simples injeção e substituídas a cada 12 meses ou mais.

Pessoas com Parkinson que experimentaram a droga apresentaram melhoras significativas na coordenação motora

O tratamento está sendo testado com resultados bastante animadores no Hospital Frenchay, em Bristol, na Inglaterra. Pessoas que experimentaram a droga apresentaram melhoras significativas na coordenação motora e também controle sobre a distonia - a ação involuntária em que o paciente de Parkinson se contorce. A causa da doença é desconhecida e não há cura. Este novo tratamento, no entanto, ainda precisa ser testado por mais tempo e deverá levar mais de cinco anos para estar disponível para um amplo público.

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