A projeção é que Fiocruz e AstraZaneca, que já firmaram parceria, assinem contrato para a importação de insumos em setembro Imagem: iStock |
O Ministério da Saúde anunciou ontem, durante entrevista coletiva, que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve estar pronta para produzir no Brasil a vacina contra o coronavírus em abril do ano que vem.
A projeção é que a Fiocruz e a farmacêutica AstraZeneca,
que já firmaram parceria, assinem contrato para a importação de insumos na
"primeira semana de setembro" e que, até dezembro, os primeiros lotes
cheguem ao país. Se esse cronograma se confirmar, a vacina estará disponível
para a população em janeiro de 2021.
"Esperamos que a partir de abril de 2021
a Friocruz já tenha capacidade de produção interna da vacina",
declarou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos do Ministério
da Saúde, Helio Angotti Neto.
"Espera-se que o insumo comece a ser entregue a partir
de dezembro, então será processado e disponibilizado à população em janeiro.
Tudo isso caso o registro seja obtido junto à Anvisa", comentou Angotti
Neto, citando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Testes indicarão grupos prioritários
Questionado sobre quais grupos serão os primeiros
vacinados, o Ministério da Saúde disse que ainda não é possível cravar, mas que
isso será determinado pelos testes, alguns que já estão em fase 3 no país.
"Com base nesses testes, no acompanhamento
das evidências, esses grupos [prioritários] serão decididos. Temos que
verificar a capacidade de imunogenicidade para cada
faixa etária, características genéticas, para então
decidir", afirmou o secretário executivo do ministério, Elcio Franco.
Fonte: Uol