A OMS considera o sedentarismo o "novo cigarro"
Um estudo publicado no Amercian Journal Nutrition Clinical mostra que o sedentarismo é mais perigoso para a saúde do que a obesidade, apesar de serem fatores de risco associados.
Segundo a pesquisa, da Universidade de Cambridge, caminhar 20 minutos por dia pode reduzir a mortalidade em pessoas com menos de 65 anos, além de diminuir os riscos de doenças do coração e câncer.
"Cerca de 20 minutos é um bom tempo, mas a recomendação é realizar o exercício por cinco dias durante a semana. É necessário ter regularidade", explicou à Efe o educador físico Márcio Atalla.
"O que a gente sabe é que uma pessoa acima do peso fisicamente ativa tem muito menos chances de morrer do que um magro sedentário", contou Atalla.
Para o especialista, ter uma vida ativa é mais importante do que ser "magro" ou "gordo", "porque o nosso corpo foi moldado para isso".
De acordo com Atalla, a obesidade é considerada um dos problemas do século e pode estar diretamente associada ao sedentarismo por "conta das tecnologias", que causam uma diminuição do movimento e, consequente, ganho de peso e consumo de calorias.
O educador físico concorda com a Organização Mundial da Saúde (OMS) que considera o sedentarismo o "novo cigarro".
Segundo ele, hoje, a falta de atividade física é responsável por 13% das causas de morte no país, com relação direta com doenças como diabetes, problemas cardíacos, infecções e derrame, além de alguns tipos de câncer, como o de mama e intestino.
Atalla acrescenta que não é apenas para perder peso que as pessoas devem se exercitar, porque quem não tem problema com peso também se beneficia com a prática de atividade física.
"Qualquer pessoa pode ser beneficiada, de qualquer idade e qualquer peso, com a prática, mesmo se você não tiver aquele corpo de atriz global. Você vai ser mais saudável e seus sistemas de defesa ficam mais fortes", reforçou.
Incluir pequenas atividades física na rotina, como subir as escadas em vez de usar elevador e caminhar até a padaria, traz benefícios ao organismo.
"Seu corpo não sabe identificar se você está indo à academia ou indo à padaria", explicou Atalla, que também ressaltou a importância de fazer "quebras" no trabalho, como se levantar durante o dia para beber água. EFE
Da EFE