© APEm

 5 de abril de 1951 é realizada em Mineápolis, nos Estados Unidos, a primeira cirurgia num coração aberto. Foi uma revolução na medicina, feita pelo cirurgião Clarence Dennis.

A ideia de inventar um coração artificial já existia há mais de cem anos. Nos primórdios do século 19, os médicos já tentavam conservar os órgãos bombeando sangue através deles. Este procedimento, no entanto, fracassava porque ainda não se conhecia a necessidade de oxigenar o sangue para conservar as células.

Isso mudou quando John Gibbon criou uma máquina capaz de fazer as duas coisas ao mesmo tempo: o coração-pulmão artificial. Ou seja, durante o tempo da cirurgia, quando o coração tem que ser "desligado" do sistema circulatório, o sangue passa por uma "bomba oxigenadora".

Essa máquina é usada desde a década de 1950 em cirurgias que exigem a abertura do coração, como coronarianas ou pontes de safena. Em primeiro lugar, o paciente recebe a anestesia geral, é entubado (respiração artificial) e depois recebe os cateteres que vigiarão a pressão nas veias e artérias.

Só então é aberto o peito e o sangue é desviado, antes de chegar ao coração, para o coração-pulmão artificial. Essa máquina de circulação extracorpórea é composta de várias partes. Num reservatório, o sangue tem sua temperatura reduzida de 37ºC para cerca de 29ºC. Resfriado, ele se conserva por mais tempo. Depois, o sangue passa por um "oxigenador" e vários filtros, até retornar à aorta, numa velocidade programada na máquina.

Durante a cirurgia, a pressão sanguínea tem que ser constantemente controlada. Mas para que tudo isso funcione, o paciente recebe um anticoagulante. Se não, seu sangue coagularia na máquina e haveria o risco de tromboses que poderiam ser fatais. Concluída a cirurgia, a temperatura do sangue volta a ser elevada e o coração é "religado" ao sistema.

Via:
Ute Hänsler (rw)

Qual a sua opinião sobre essa matéria?

Postagem Anterior Próxima Postagem