A bexiga neurogênica pode evoluir para um quadro de hidronefrose | Foto: Divulgação

O diagnóstico da alteração pode ser feito através de exames como ultrassonografia renal

Sintomas como o aumento da pressão na bexiga, esvaziamento incompleto na hora de urinar, incontinência, problemas para começar ou interromper a micção, perda involuntária de xixi e infecções urinárias de repetição, podem indicar um quadro de Bexiga Neurogênica (BN), disfunção que afeta tanto homens quanto mulheres, e tem como principal causa, as lesões neurológicas.

“Geralmente, a seqüela decorre de AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais), poliomielite, síndrome de Guillain-Barré, neurosífilis, doença de Parkinson e até da esclerose múltipla”, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Prof.Dr. Giuseppe Figliuolo.

Figliuolo destaca que os AVCs e a doença de Parkinson, por exemplo, podem levar a problemas como a bexiga hiperativa, alteração que aumenta a freqüência urinária. Nesses casos, a bexiga se contrai mais vezes que o normal, mesmo com pouco líquido a ser eliminado. O contrário também pode acontecer. “A bexiga do paciente não se contrai como deveria e o jato urinário fica mais fraco, causando dificuldades no esvaziamento”, alerta o especialista.

A esclerose múltipla ou as lesões medulares, por sua vez, também pode acarretar em alterações desse tipo. Ou, podem ocasionar alterações no esfíncter, uma espécie de anel que controla a micção. Há, ainda, pacientes que perdem parte da sensibilidade no sistema urinário e acabam precisando de acompanhamento periódico, uso de sondas ou, em quadros de incontinência urinária, o uso de fraldas.

O diagnóstico da alteração pode ser feito através de exames como ultrassonografia renal, cistografia, cistoscopia e cistometria com exame urodinâmico, além de avaliação clínica feita por um especialista.

Hidronefrose
Em casos mais graves, a bexiga neurogênica pode evoluir para um quadro de hidronefrose, problema que tem como principal característica o excesso de líquido nos rins devido ao acúmulo de urina. “Quando a pessoa não consegue eliminar a urina normalmente, a tendência é que ela volte para o rim, provocando sobrecarga e danos ao órgão”.

A alteração é causada pela obstrução do uréter, tubo que liga o rim à bexiga. Se não tratada a tempo, a doença pode ocasionar alterações secundárias, como coágulos, aumento da próstata e até tumores, o que levaria a tratamentos mais invasivos.

“Quando detectada a alteração, pode-se optar pela drenagem da urina e posterior correção, com acompanhamento e tratamento medicamentoso”, afirma Giuseppe Figliuolo.

Fonte: em tempo

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